A Igreja e as DST´s



Objetivo: Orientar tanto os irmãos quanto a sociedade sobre as DST's bem como mostrar a possibilidade que nós temos por meio do princípio de romanos 12 a possibilidade que temos de influenciar a moral da nossa sociedade.
"Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Romanos 12.1, 2
INTRODUÇÃO
Falar de sexo na Igreja ainda é um grande tabu (Assunto de que não se pode ou não se deve falar) que precisa ser quebrado. A nossa sociedade tem vivenciado um dos piores índices morais da história, financiado pelo senso popular de que "é proibido proibir". O lema da juventude da década de 60 e 70 ainda ecoa nas nossas vizinhanças "sexo, drogas e Rock in roll". Com toda esta apologia massificada na sociedade colhemos dos anos 80 pra cá as conhecidas DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Hoje a Igreja tem uma parcela da população que está infectada por esta doença e nos cabe ser Igreja fora da igreja para alcançar esses lançando mão do princípio bíblico publicado em Romanos 12.1 e 2. Mas, para isso precisamos nos aprofundar no assunto.
1. Um diagnóstico das DST's
Doença sexualmente transmissível (ou DST) ou Infecção sexualmente transmissível (ou IST) é a designação pela qual é conhecida uma categoria de patologias antigamente conhecidas como doenças venéreas. São doenças infecciosas que se transmitem essencialmente (porém não de forma exclusiva) pelo contato sexual. Vários tipos de agentes infecciosos  (vírus, fungos, bactérias e parasitas) estão envolvidos na contaminação por DST, gerando diferentes manifestações, como feridas, corrimentos, bolhas ou verruga nos órgãos sexuais. Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução quando tratadas corretamente. Outras são de tratamento difícil ou permanecem latentes, apesar da falsa sensação de melhora. As mulheres representam um grupo que deve receber especial atenção, uma vez que em diferentes casos de DST os sintomas levam tempo para tornarem-se perceptíveis ou confundem-se com as reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher, em especial aquelas com vida sexual ativa, independente da idade, consultas periódicas ao serviço de saúde. São mais de trinta dst's porém as mais conhecidas popularmente são: Herpes, AIDS, Sífilis, Clamídia, Gonorréia, Candidíase, Hepatite B e HPV.
O contexto ético-moral de romanos 12 era de que parte da sociedade romana cultuava a deusa Afrodite, deusa do sexo, daí vem à palavra afrodisíaca. O culto prestado a ela nesta sociedade era por meio das relações sexuais ilícitas, uns com os outros, uma verdadeira orgia, por isso a recomendação de Paulo em apresentar o nosso corpo como sacrifício vivo e não morto, santo e não profano, agradável e não desagradável a Deus que é o nosso culto racional e não um culto irracional como estava acontecendo na sociedade romana.
Como Igreja não devemos nos conformar com este século, mas transformá-lo pela renovação da nossa mente, mudar a ética-moral da nossa sociedade por meio dos preceitos de Cristo. Se combatermos a idéia equivocada que nossa sociedade tem sobre as relações sexuais iremos transformar sua ética-moral como o apóstolo Paulo orienta no texto supracitado. Nós podemos transformar este século, mudando uma pessoa de cada vez e a escola dominical é um ambiente que propicia esta oportunidade de mudança.
2. Dialogando sobre a prevenção nos espaços eclesiásticos
Como nós já nos pronunciamos é preciso derrubar o tabu e trazer mais clareza na Igreja sobre o assunto e sendo a Igreja uma instituição que tem como princípio o amor ao próximo não podemos nos calar sobre tal fato que assola a sociedade e oferecer ajuda à população que nos cerca para diminuir este mal em nossa sociedade.
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que ocorram cerca de 340 milhões de casos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) por ano no mundo. No Brasil uma recente pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde indica que mais de 15 milhões de brasileiros (quantos desses são membros de sua Igreja?) já tiveram algum sinal ou sintoma de uma DST. Desse total, 18% dos homens e 11,4% das mulheres não buscaram atendimento médico. Diante desta informação vemos a importância de conscientizar a população dentro dos arraias eclesiásticos.
Sabemos que o melhor remédio é a informação por isso a Igreja pode usar o seu espaço para convocar a população, os jovens e adolescentes de sua região para dialogar sobre este assunto. É necessário informa-lhes que as DST's facilitam a transmissão sexual da AIDS, que as mulheres têm mais dificuldades em identificar os sintomas, devido a outros processos orgânicos próprio delas, que os sinais de uma DST podem aparecer em outras regiões do corpo e não só no órgão sexual e lembrá-los de que pais infectados podem transmitir a doença para seus filhos.
O melhor método de se ficar livre das DST é a prevenção. Prevenção em DST significa sempre o uso de preservativos em todas as relações sexuais e a adoção de práticas de sexo mais seguro.
Temos que alertá-los que Deus os ama tanto que sendo sabedor dessas enfermidades e querendo preservar a humanidade ele orienta a termos um casamento monogâmico e ser fiel ao seu cônjuge, pois o relacionamento com outros parceiros (as) acentua o risco de se infectar.
A Igreja ainda pode convidar profissionais de saúde para dar uma palestra sobre o assunto em sua comunidade. Pode convidar um psicólogo para orientar aqueles que estão passando por esta enfermidade.
3. Existe vida após o diagnóstico
As pessoas que são portadoras de DST's na sua maioria são acometidas por depressão, baixa auto-estima, auto-imagem destruída sofrem de exclusão social, principalmente os que são acometidos pela AIDS. Como agentes de transformação que somos precisamos mostrar-lhes que existe alguém que os ama muito, que ela pode ter uma vida normal e que Deus está pronto para aceitá-la. E importante que esta pessoa encontre na Igreja um grupo acolhedor, que demonstre interesse por ela colocando em prática o amor de Cristo que nos constrange. Além da praticidade do amor podemos trabalhar para que a auto-estima e sua auto-imagem sejam trabalhadas, eis algumas orientações: orientá-los a procurar tratamento gratuito num Posto de Saúde, ou num médico de sua confiança; Nunca, jamais, sob hipótese alguma ou alegação qualquer, tome ou passe remédio por conta própria ou indicação de leigos. A maioria dos agentes etiológicos (causais) de DST tem o péssimo hábito de criar resistência a determinadas medicações, justamente pelo seu uso indiscriminado. Uma DST mal tratada pode levar a complicações bastante sérias. Só um médico pode indicar o tratamento correto.
Desde que o Exército da Salvação iniciou suas atividades na Inglaterra, em 1865, vem contribuindo diretamente para o bem estar da sociedade. Eles têm trabalhado intensamente para servir à humanidade sofredora realizando promoção de programas de apoio aos portadores da AIDS no continente africano, a instituição tem aliviado o sofrimento de milhares de pessoas ao redor do mundo e este é sem dúvida um exemplo a ser seguido, ou pelo menos apoiado.
CONCLUSAO:
Obviamente não encontraremos na Bíblia nenhum indicador de DST, mas é nítido o cuidado e o carinho que Deus tem pelo ser humano e uma rápida lida nos evangelhos veremos que para sermos imitadores de Cristo não podemos deixar de olhar para estes.